Como superar o embate entre homens e máquinas?

A disputa entre homens e máquinas já é antiga. No cinema, normalmente são antagonistas. Mas, na vida real, geralmente, é o contrário. As máquinas ajudam os humanos a fazerem suas tarefas da melhor forma possível. Mesmo assim, muitos ainda tem medo da obsolescência.

Antigamente, o medo era do robô do chão de fábrica. Hoje, um dos maiores medos é a inteligência artificial. Mas, se analisarmos com cuidado, o homem se adaptou tão bem que hoje é impossível imaginar fábricas sem eles. Ou seja, o homem se adaptou. E o mesmo deve acontecer com as AIs.

Advogados e médicos, por exemplo, já começam a usar o Watson, inteligência artificial da IBM, para realizar análises de dados de forma mais precisa e, através delas, fazerem processos e diagnósticos mais precisos, que atendam melhor a seus clientes e representem ganho de tempo em seus escritórios e consultórios.

No chão de fábrica, a Indústria 4.0 está permitindo que mais dados sejam coletados e analisados para que produtos melhores sejam criados, falhas sejam detectadas com antecedência, e a segurança de funcionários e clientes aumente. A mão de obra humana se restringe à análise dos dados para um julgamento estratégico.

Vamos precisar mudar sim, mas não há motivo para pânico. O trabalho humano é muito mais cerebral, e sempre deveria ter sido. As AIs não funcionam melhor do que o cérebro humano. Elas nem se quer funcionam da mesma forma. São tipos de processamentos de informação bem diferentes, que não suplantam um ao outro, mas se complementam em suas necessidades.

Há quem diga que somos dependentes demais das máquinas. Mas, esse é um fato que acompanha a humanidade desde que nossos antepassados inventaram a roda e pararam de arrastar as coisas por aí. Faz parte da evolução. É uma adaptação que vem com o desenvolvimento do próprio ser humano.

Na indústria, encontramos problemas de integração entre o homem e a máquina no dia a dia. Normalmente, isso se dá porque o ser humano, muitas vezes, se mostra relutante em compreender que seu papel também mudou. Não somos mais mão de obra braçal. Somos mentes em trabalho. É difícil se acostumar a isso, principalmente porque desde pequenos somos tratados como máquinas, tendo que decorar fórmulas que mal sabemos para que servem.

No Brasil, sobretudo, não há muito incentivo ao trabalho mental. Convencemos as pessoas de que elas servem para apertar parafusos, colocar tijolos um em cima do outro, soldar placas. Quando, na verdade, deveríamos buscar novos materiais, novas formas de encaixe, casas mais duradouras e com construções mais rápidas, peças impressas no formato adequado, sem necessidade de solda, etc.

Resumidamente, precisamos quebrar os paradigmas atuais e pensar de formas diferentes. A busca pela qualidade, pelo processo ideal para extrair o melhor do ser humano, é reeducar as pessoas. Esse é o futuro, e o meio por onde mitos como da “substituição dos humanos pelas máquinas” se tornarão, de fato, apenas mitos. Que eles fiquem apenas na lembrança de bons filmes e livros da ficção.

 

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