Segurança do paciente: como as normas ISO e a ONA se complementam?

Segurança do paciente: como as normas ISO e a ONA se complementam?

Entenda como ISO e ONA se complementam para fortalecer a gestão e garantir a segurança do paciente nos serviços de saúde. Leia agora!

A segurança do paciente é um princípio fundamental para a integridade e qualidade dos serviços de saúde. Como principal parte interessada, o paciente confia sua vida e saúde à instituição que, por sua vez, precisa de bons processos para cuidar dele. Dessa forma, falar em serviços de saúde sem focar em segurança do paciente é impossível.

Porém, ter uma estrutura sistêmica e organizada para melhor atender as pessoas não é fácil, por isso é necessário recorrer a padrões de boa gestão. Neste contexto, a ONA (Organização Nacional de Acreditação) se destaca como uma das normas mais importantes no âmbito brasileiro. Assim como podemos recorrer às normas da ISO (International Organization for Standardization), uma organização mundial que elabora e publica normas reconhecidas em praticamente todo o globo terrestre.

Por isso, no conteúdo de hoje, vamos falar um pouco sobre como as normas ISO e a ONA se complementam e ajudam uma à outra. De cara, é possível afirmar que as normas ISO oferecem a espinha dorsal para uma gestão sistemática. Enquanto isso, a ONA valida, reconhece e eleva o patamar de segurança através de uma avaliação focada na assistência ao paciente. Vamos entender melhor!

Leia sobre: ONA e ISO 9001: saiba a diferença e qual adotar na sua organização.

O que é segurança do paciente?

Antes de continuar, vale ressaltar o conceito. Segurança do paciente, de forma simplificada, é um conjunto de padrões, procedimentos e estratégias adotadas por organizações da área da saúde. Ela tem o intuito de prevenir, reduzir e mitigar riscos, erros e danos desnecessários durante o cuidado ao paciente. Assim, seu objetivo principal é garantir que a assistência seja prestada de forma segura, eficaz e centrada nas necessidades do paciente.

Podemos dizer, então, que a segurança do paciente minimiza riscos, previne eventos adversos e garante que o cuidado prestado seja seguro, eficaz e centrado em quem mais precisa dela: o paciente! Esse conceito se tornou ainda mais relevante nas últimas décadas, impulsionado por diversos estudos que comprovaram o impacto dos erros assistenciais nos índices de recuperação e mortalidade das instituições.

E é por isso que, para estruturar e fortalecer a segurança do paciente, diversas normas e certificações são adotadas mundo afora. É neste ponto que encontramos a conexão extremamente útil entre as normas ISO e a ONA.

 

Como as normas ISO e ONA se complementam?

Para garantir bons serviços e cuidado ao paciente, é preciso assegurar dois fatores base: processos sólidos e uma boa gestão de risco. Neste contexto, as normas ISO podem ser poderosas aliadas.

Por exemplo, quando falamos da ISO 9001 – sistemas de gestão da qualidade, encontramos boas práticas que podem estruturar a organização e garantir maior foco no cliente (paciente). Ou seja, essa norma oferece formas de melhorar os processos e garantir maior reprodutibilidade e qualidade. Isso ajuda a estabelecer processos seguros e controlados dentro das organizações de saúde.

Outro exemplo pode ser dado com base na ISO 31000 – Gestão de riscos. Esta norma apresenta princípios e diretrizes para gerenciar riscos de forma eficaz. Assim, é possível reduzir erros, eliminar problemas e ter uma empresa mais proativa. Além disso, a norma traz orientação na hora de identificar, avaliar, mitigar ou eliminar riscos, algo essencial para a segurança do paciente.

Da mesma forma, há uma infinidade de normas e padrões de gestão ISO que podem complementar a segurança do paciente e os serviços de saúde. Por exemplo:

  • ISO 15189 — Qualidade em laboratórios: pode ajudar a assegurar diagnósticos mais precisos e confiáveis;
  • ISO 14001 — Gestão ambiental: pode ajudar no descarte correto de resíduos e aumentar a sustentabilidade ambiental;
    ISO 22301 — Continuidade do negócio: pode ser vital para garantir a continuidade da assistência e cuidado ao paciente em momentos de crises;
    ISO 27001 — Segurança da informação: pode atuar para proteger dados de pacientes, bem como da própria instituição, algo muito sensível no âmbito da saúde;
  • ISO 45001 — Segurança Ocupacional: pode ajudar a proteger profissionais e melhorar o ambiente assistencial, assegurando a continuidade dos serviços e a proteção à vida humana.

O papel fundamental da ONA (Organização Nacional de Acreditação)

Ao entender as normas ISO, pode-se pensar que apenas elas bastam, porém não podemos nos esquecer do papel vital da ONA. Afinal, por se tratar de uma acreditação, esse sistema de avaliação atua no cerne das organizações da área da saúde, avaliando a competência dos serviços prestados.

A ONA tem foco direto na segurança do paciente, exigindo que instituições implementem políticas claras, monitoramento de indicadores e ações preventivas para reduzir eventos adversos.

Além disso, seu modelo de avaliação em três níveis estimula a melhoria contínua, recompensa boas práticas e demonstra maior respeitabilidade no mercado. Quanto maior o nível da acreditação, mais respeito as empresas conquistam no mercado brasileiro!

Leia sobre: Guia Completo de Acreditação ONA

 

ISO & ONA – a fórmula secreta da segurança do paciente!

Podemos dizer que a junção ISO e ONA possibilita uma gestão completa para as organizações da saúde. Seja da qualidade, dos riscos ou da segurança dos colaboradores, as normas ISO fornecem uma “espinha dorsal” para uma gestão sistemática, padronizada e muito robusta nas organizações de saúde. Ou seja, elas estabelecem princípios, processos e metodologias que permitem às instituições identificar falhas, implementar melhorias continuamente e garantir a segurança em todas as etapas do cuidado!

Por outro lado, a ONA atua como um validador externo que reconhece e certifica a eficácia desses sistemas. Além disso, ela promove uma avaliação detalhada, com foco direto na segurança do paciente, na qualidade assistencial e na maturidade organizacional. Tudo isso com o gabarito de uma organização nacional prestigiada e extremamente reconhecida.

Portanto, enquanto a ISO estrutura, organiza e orienta os processos, a ONA avalia como esses processos se traduzem na prática clínica, no cuidado hospitalar, nos diagnósticos e exames etc. Assim, é possível garantir que a segurança do paciente não fique apenas no papel, mas realmente promova um ambiente mais seguro, eficiente e centrado no paciente!

Dessa forma, ambas se complementam: a ISO fortalece a gestão, e a ONA eleva o patamar assistencial, impulsionando a cultura da qualidade e segurança no setor saúde. E assim, quando a gestão encontra a validação, nasce um sistema de saúde mais seguro, humano e eficiente!

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