Já falamos aqui no blog o que é ESG (Enviromental, Social and Governance)e seus princípios. Hoje, vamos entrar em outro assunto. Você já ouviu falar em ESG como critério de investimentos? Conhecido também como uma prática de investimentos responsáveis, ele impacta diretamente nessas ações e vamos explicar como.
Antes, é bom relembrar o que significa, de fato, o ESG, que traduzido é: Ambiental, Social e Governança (ASG).
Ambiental
Basicamente, tudo que envolve minimizar impactos ambientais que uma organização pode ter com o meio ambiente. Ou seja, gestão de recursos hídricos, de resíduos, atendimento às legislações ambientais específicas, como gases de efeito estufa, carbono, entre outras coisas.
Social
Trata-se da responsabilidade social que uma empresa pode ter em relação aos colaboradores, fornecedores, parceiros de negócio e stakeholders em geral. Possuem foco em ações sociais, igualdade de gênero, equidade, ações afirmativas contra qualquer tipo de preconceito, por exemplo.
Governança
Uma empresa que não depende apenas do dono para funcionar, mas sim que investe em boas práticas de gerenciamento, com uma estrutura de governança corporativa, como comitês, conselhos.
ESG como critério de investimentos
No Brasil, a Bolsa de Valores [B]³, estabelece índices de empresas que são sustentáveis e usam ESG como critério de investimentos, como o Índice de Carbono Eficiente, por exemplo. No entanto, os mais importantes para citarmos aqui, é o Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) e o Índice B3 ESG, que são empresas ESG.
Além disso, lançado em abril de 2006 na Bolsa de Valores de Nova York, o Principles for Responsible Investment (PRI) é uma iniciativa de investidores para investidores, em parceria com a Iniciativa Financeira do Programa da ONU para o Meio Ambiente (UNEP FI) e o Pacto Global da ONU, criado para desenvolver um sistema financeiro global mais sustentável.
Impactos no mundo
Um dos momentos mais marcantes para o mundo de investimentos, foi quando Larry Fink, Presidente e CEO da BlackRock – maior gestora financeira do mundo –, responsável pela gestão de alguns trilhões de dólares em ativos, divulgou uma carta para o mercado que utilizaria o ESG como critério de investimentos como sua prioridade.
Além disso, também podemos citar outros índices, como o Índice Nasdaq ESG, que faz parte da bolsa de valores dos Estados Unidos, e o Índice Nikkei ESG no Japão, que são empresas listadas ESG no país.
Ratings ESG – como funcionam as avaliações
Uma das empresas mais conhecidas em avaliar ESG, é a MSCI. Ela estabelece ratings rigorosos sobre as empresas que fazem parte do ESG.
“We use a rules-based methodology to identify industry leaders and laggards according to their exposure to ESG risks and how well they manage those risks relative to peers. We also rate equity and fixed income securities, loans, mutual funds, ETFs and countries”.
Fonte: Site MSCI
Que, traduzindo para o português, temos:
“Usamos uma metodologia baseada em regras para identificar líderes e retardatários do setor de acordo com sua exposição a riscos ESG e quão bem eles gerenciam esses riscos em relação aos pares. Também avaliamos títulos de renda variável e de renda fixa, empréstimos, fundos mútuos, ETFs e países”.
Analisamos então que, empresas que se encontram em CCC e B são as que possuem uma avaliação mais baixa, enquanto que AA e AAA são as com avaliações mais alta. Por fim, quem se encontra em BB, BBB e A, está em um nível mediano de avaliações.
Essa avaliação é muito importante para ESG como critério de investimentos e também para empresas avaliarem outras empresas.
Indicamos a leitura: ESG e sustentabilidade corporativa: entenda o significado
Crescimento exponencial do ESG
Podemos, então, chegar à conclusão de que utilizar o ESG como critério de investimentos vem crescendo exponencialmente tanto para empresas que possuem o capital aberto e querem continuar recebendo investimentos, quanto para quem pensa em investir em alguma organização.
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